sexta-feira, 15 de maio de 2009

Crescendo.

Algumas etapas da vida são deliciosamente irônicas...
Tenho um casal de filhos. O primogênito com quase 7 anos e a caçula com pouco mais de 1 ano. Um aprendendo a ler, outro aprendendo a falar. E ambos aprendendo muito mais do que eu sobre a vida.

Seus dois discos rígidos cerebrais quase vazios sugam as informações a vácuo.

Apesar disso ser miraculoso, existem controvérsias...
Adultos criticam por criticar até o que é claro e certo. Suas mentes tagarelas precisam julgar e julgar. Mas eles não tem tempo para culpar ninguém, estão ocupado demais... aprendendo lindamente.

Ter filhos é como crescer de novo e poder ver isso de fora. Poder ver os erros, acertos... É poder aconselhar seu passado. Ter filhos é como uma segunda chance de ser criança mais uma vez.

As pessoas não entendem porquê eu quero ter muitos filhos. Num mundo egoísta, onde eu e os meus é tudo o que vale, minhas ideologias maternais não fazem o menor sentido. Como comprar as botas de couro da moda, tendo que pagar 3 escolas, ter o corolla do ano e ter o melhor plano de saúde ao mesmo tempo? E o pior.... Dizem que os filhos atrapalham a individualidade. Eu não me sinto menos eu por causa deles. Ao contrário. Me sinto muito mais eu. Parece que finalmente descobri quem sou depois que me tornei mãe.

Ser mãe, pra mim, não foi a realização de um sonho mal sonhado. Eu sequer sonhava com isso. Mas quando aconteceu foi tudo tão mágico... e descobri que nasci pra isso.

Eu quero ter trabalho com filho sim. Gosto de abrir mão por eles e até se em algum momento isso encher saco, eu vou ter a certeza de que, com eles, tudo é melhor.

Sou muito grata pela vida que tenho, mas o maior presente que tive, foi ter uma família, uma vida, tão perfeita.