Desde o belo dia em que os pais se descobrem grávidos pela segunda vez, estes se preocupam com os sentimentos do primogênito com a chegada da primeira pessoa igualmente amada pelos pais. O reinado deixa de ser absoluto para ser compartilhado.
Por este motivo (não magoar o mais velho), muitos pais preferem até ter apenas um filho e dar-lhe de tudo, sem jamais aprender a dividir e muitas vezes sem jamais escutar um “não”.
Ter irmãos é uma tarefa difícil e essencial. Pede-se muito materialmente, mas o ganho moral e espiritual é imensurável.
Fala-se tanto em ciúme que o ciúme acaba acontecendo.
Educo meus filhos, amo, trato como iguais dentro de suas diferenças. Ensino-lhes incansavelmente a se amarem e a se respeitarem. Jamais toquei na palavra ciúme. Eles não conhecerão o ciúme se não lhes apresentarmos.
Mesmo quando avós e amigos perguntarem sobre o assunto, não devemos aceitar esta hipótese. Acredito que o ciúme aconteça principalmente de tanto que falam. É quase uma cobrança. Mas percebi que isto não é natural. São as pessoas que criam. E criam porque foi assim com elas... E com os pais delas.
Não podemos continuar a reproduzir esta falha já tradicional em nossas vidas. É preciso para este ciclo.
Acredito que o segredo seja amar, apoiar, unir... Ter uma família sadia e próspera.
Não vai faltar nada. Nem luxo nem carinho. Venham quantos espiritinhos o universo mandar.