sábado, 17 de abril de 2010

Uso da Segurança para Crianças


Usar cinto de segurança em crianças, às vezes é um desafio. Nossas mães sempre andaram com a gente no colo, no banco da frente e aqui estamos vivos, sãos e salvos.

Que sorte!

Hoje em dia existem muito mais carros, rodovias que proporcionam alta velocidades e muito mais gente bêbada e sem noção no controle de um volante por aí.

Não podemos contar apenas com nossa capacidade de direção, com nossa sobriedade ao volante e com nossa conscientização às regras para estarmos seguros.

Viver, por si só, já é muito arriscado.

Sabemos que, além de tudo isso, as crianças podem ser terríveis na hora de irem para a cadeirinha ou de colocarem o cinto. Às vezes a nossa pressa vai de encontro ao mau humor do filho (ou sobrinho, ou priminho...) e abrimos mão de sua segurança em troca de uns minutos, ou horas!, de sossego.
Mas a última coisa que queremos é que aquela tenha sido a última pirraça de sua vida.

O ideal é conseguir convencer a criança ou ter tempo para paradas regulares em grandes viagens ou ir atrás com elas se necessário. Mas caso nada disso seja possível, é menos pior escutar choro e gritos contínuos do que o silêncio permanente e mortal.

Então, não abra mão do cinto de segurança. Porque seu filho é a única pessoa por quem você realmente abriria mão de qualquer coisa na vida.

Não permita que sua vida feliz se torne um mar de arrependimento e loucura.
Viver com culpa, não é viver.

Você conseguiria se olhar no espelho se o pior acontecesse à pessoa que mais ama no mundo por sua responsabilidade?

Então use a sua primeira e única chance para fazer sempre o certo.
Porque o resto da vida é tempo demais para passar se arrependendo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cama Compartilhada


Mesmo antes de conhecer esta “terminologia”, aqui no meu microcosmos, minha pequena família já tinha esta prática tão genuinamente mamífera.

Os mamíferos têm sangue e coração quentes, independente do extremo frio. Ursídeos ou roedores não importa. Eles têm um comportamento claramente diferenciado de qualquer outro grupo de animais.
Por favor, não somos peixes que nascem independentes e desvinculados dos genitores...

Com essa de não precisar gestar/ parir/ amamentar/ educar para ser mãe (ou seja, parece que qualquer esmola basta), esquecemos de uma coisa sagrada: por mais deuses que sejamos, somos, antes de tudo, mamíferos.

Nada pode mudar isso. E toda vez que passamos por cima de qualquer instinto mamífero, brota no peito e na alma uma ferida que dificilmente se cura em apenas uma vida.

Dormir junto com os filhos é tão bom quanto dormir com os pais, lembra-se?

Desde pequenos, sentimos um grande prazer em dormir no meio dos pais, encolhidinhos, em segurança e em perfeita paz.

Que atire a primeira pedra aquele que não surgiu com um travesseiro e cara de medo no meio da noite, pedindo carente para deitar no cantinho deles.

Por conveniência/ egoísmo/ vaidade de uns ou por uma teoria mal explicada sobre psicologia barata - que retrata nada mais do que traumas próprios de infância não resolvidos – de outros, passamos a adotar práticas irracionais, fugindo completamente ao nosso instinto e ao nosso coração. Nos separamos das crias, desde o nascimento para que aprendam desde tão filhotes a sermos independentes.

Além do próprio indivíduo que quer espaço, quem precisa de berço?

Mas em parte alguma do universo, um bebê tem qualquer condição de se virar sozinho num quarto escuro. Mesmo cheio de bichinhos, móveis modernos e parede combinando. Começar imediatamente seu processo de independência forçado é incompatível com sua vida. E a partir daí nasce a idéia de que a vida não lhe será nada fácil, nada de abundância e nada de alicerce, nada de plenitude.

Um filhote humano só deixará de ser mínima e biologicamente dependente, após os 3 anos pra começo de conversa. Isto não depende do que você queira acreditar. Faz parte da famosa verdade universal que não precisa que ninguém acredite nela para ser.
Esta pseudo sabedoria capitalista não leva a nada.

Qualquer tentativa de desvínculo antes disso, terminará em trauma e frustração que permanecerão fincados naquele ser humano, limitando-o e tendendo-o a reproduzir aquele comportamento. Mesmo que ilógico, mesmo que absurdo.

Dormir com os filhos toda noite é gostoso, é racional, é humano, é espiritual, é natural e é mamífero.

Não. Eles não vão ficar perturbados mentalmente. Não serão grudados com você mais do que o saudável. Não se tornarão dependentes químicos por causa disso - ao contrário. Não terão mais problemas emocionais que os outros. Mas sim, serão íntimos, próximos, amigos.

Dormir com as crianças não é só dormir com as crianças. Assim como parir não é somente parir e como amamentar não é somente amamentar. Todas essas coisas trazem uma experiência incrível e um crescimento espiritual imensurável... Inatingível de outra forma.

Cada um que faça como lhe parece mais racional, mas que pense também na alegria das crianças...

Outras vivências trarão outras emoções. Mas qual é o grande lance de ser mãe se não for para mergulhar de cabeça e sentir cada peculiaridade da maternidade profundamente? Ser mãe pela metade, não vale a pena.

Seja inteira. Não se defenda.
Isto só incomoda quem pode ser melhor.
E sempre está em tempo.

Lembre-se de que você também foi uma criança indefesa e doida pra dormir com seus pais... Um dia.
Não se prive disso.
Não repita o erro cometido, sem querer, com você.