terça-feira, 7 de dezembro de 2010

3 Aninhos


Nem parece que já se foram 3 anos desde que tive minha menina em meus braços... Minha menina mais feminina e mais moleca... Que junto com seu irmão, me mostrou lições únicas de amor e amizade.

A maternidade é uma linha tênue entre o amor e o apego. Esta é a grande lição de ser mãe: amar o suficiente deixar de ser o centro do seu universo sem sufocar o alguém que colocou seu ego em segundo lugar.

Até engravidar da minha menina, há exatamente 3 anos e 39 semanas, acreditava que não poderia amar alguém tanto quanto amava meu Kakau. Mas quando ela veio sem pedir licença, me mostrou sem esforço que o amor não se divide, mas se multiplica.
Este foi o maior aprendizado que a Gaia me trouxe.

Agora que você esta na minha vida há 3 anos, não consigo me lembrar de como era tudo antes de você. Como você deu tanto sentido a minha vida sendo tão pequena e estando aqui há tão pouco tempo?...

Cometi muitos erros como mãe. Mas a os meus filhos dei meus maiores presentes: nascimentos respeitados, amamentação irrestrita, alimentação saudável livre de crueldade, a permissão carinhosa para que seus corpos trabalhassem naturalmente em momentos difíceis, minha dedicação à informação e conscientização da melhor forma de educá-los e, claro, meu amor mais defectível e mais perfeito.

Eu lhes ensinei tudo que sabia... Mas nunca chegarei aos pés da importância d que me ensinam a todo instante. Eu lhes valorizo como nunca valorizei ninguem, mas quando eles dizem “Eu quero só você, mamãe”, eu compreendo integralmente o que é valor.

É estranho como o caminho das pessoas é diferente. Vejo pessoas que não se imaginam mães, não compreendendo a função da maternidade na vida de uma mulher consciente. E eu era uma dessas pessoas que não entendia bem como se dedicar a duas ou três pessoas poderia ser mais relevante do que dedicar a si mesmo, ou, que seja, ao mundo. Mas cada um tem um caminho diferente e sou grata pelo meu ser este.

Parabéns, minha deusa pelos 3 anos que chegou ate nós...
Mas eu sei que o presente mais valioso, o de ser sua mãe, é meu.

sábado, 11 de setembro de 2010

Amor e Apego

Entre as questões mais difíceis de se lidar na maternidade, está o desapego.
Desde que aquele ser passa a existir, ele existe primeiro em nós. No nosso desejo, no nosso espírito, no nosso corpo... Depois nosso peito, nossa cama, nosso colo... Devagar aquela pessoa que nos ensinou a amar de verdade vai ficando independente, crescendo, passando cada vez mais tempo distante e enfim passa a ter outros interesses.

Ser mãe é o fio da navalha entre o amor e o apego. Saber doar sem se apossar. Ser individual mesmo que metade daquela pessoinha seja biologicamente quase você.

Nossos filhos são espíritos livres. Não podem ser frutos de nossas expectativas. O que podemos fazer desde sempre é influenciar positivamente, passar bons valores e contaminar com nossos mais profundos ideais.

Sendo assim ficamos orgulhosas ao ver nossas meninas colocando suas bonecas para mamarem em seus seios ou o menino defendendo os direitos animais com lógica e paixão.

Muitas mães pecam por sofrerem a maternidade e não a viverem. As grandes lições do adoecimento dos filhos são o amadurecimento emocional e imunológico da criança, a reflexão e o cuidado maternos. Quando mais nos doamos tanto senão neste momento?

É preciso compreender as fases da maternidade e também da infância. Tudo deveria ser consciente e sereno. Mas insistimos em nos apegar e sofrer com os “atelogos” como se fossem adeus.

Aprender a deixar ir algo que faz tanto parte de nós não é simples, mas não deveria fazer sofrer tanto. Sempre aconteceu e sempre acontecerá. Nossos maridos mesmos tiveram que deixar seus apegos familiares para viverem suas vidas conosco. E não deixaram de serem filhos nem de amarem suas mães.

O amor muda, amadurece e até cresce. Ele não pode ser medido da maneira como bem entendemos, mas pela sua subjetividade. Não é moeda de troca, não é para se esperar recíprocas. Amar é a característica mais solitária da comunhão universal.

Então ame livremente. Porque quem ama, tem que deixar ir, tem que amar em paz.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Timidez

Ter filhos e viver a vida de novo, só que olhando de fora.
No dia a dia, nunca fui tímida, mas em situações estressantes, me lembro de me recolher, as vezes chorar e ainda é assim.

Tenho uma foto do dia da minha primeira quadrilha onde apareço tomando um copo de refrigerante e chorando porque amarelei.
A foto demonstra toda minha agonia e decepção por não ter conseguido fazer o que tanto havia treinado para fazer.
Umas vezes consegui, outras vezes não.

Minha caçula não é nada tímida, a não ser em momentos de stress como eu. Não sei se realmente é timidez, mas até ter intimidade com o local ou com a situação, ela se recolhe.

Mas a demonstração mais clara da genética veio há dois dias através do meu clonezinho primogênito, em sua primeira quadrilha.

Quinze dias antes, ele começou o ensaio e não queria de jeito nenhum dançar. A menina, apesar de eu achar uma excelente nora, não lhe agradava e ele tinha vergonha demais. Eu e meu marido conversamos muito com ele. Explicamos que era um momento gostoso da vida que ele deixaria de viver se não participasse. Falamos do que sentíamos na idade dele e o apoiamos. Pedimos que ele desse uma chance, ele deu.

Mas na hora de dançar o menino, que estava lindo diga-se de passagem, travou. Não sorria, não se movimentava normalmente, não nos escutava, parecia estar em choque. Mesmo assim dançou com sua parceira desinibida e sorridente.

Quando terminou, por causa da copa, posaram para foto com uma bandeira do Brasil. E advinha onde estava o meu filhão em todas as fotos: atrás da bandeira! Claro! Eu tirei algumas fotos esperando que estivesse enxergando mal, mas tudo que dá pra ver dele são quatro dedinhos.

Não posso deixar de dizer que fiquei orgulhosa, que ele superou meu comportamento na mesma idade e que nossa conversa foi determinante para que ele conseguisse.

E é assim de desafio em desafio, que aprendemos a ser pais e a conquistar as pequenas vitórias que nos transformarão em grandes homens.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Kakau e o Bon Jovi

Toda vida gostei muito de rock. Na adolescência, aprendi inglês para entender o que diziam as canções.
E cada verso traduzido, me alegrava o coração de menina triste

Meu grupo favorito era o Guns N´Roses. Tinha certeza de que me casaria com Axl Rose aos 18 anos e a estas alturas estaríamos em LA vivendo de amor!

O tempo passou e algumas coisas ficaram. Ainda me arrepio com muitas musicas porque uma parte mais relevante da minha essência permaneceu: a paixão.

Eu gostava do Bon Jovi principalmente porque um amigo, o melhor amigo do mundo, era apaixonado. Hoje vejo que realmente Jon Bon Jovi é milhões de vezes melhor, em todos os sentidos, do que o Axl Rose.
Porque foi ele que ficou.

Nem percebia o quanto escutava Bon Jovi quando comecei a pegar o Kakau cantarolando Bed of Roses, uma de minhas favoritas. Fiquei muito feliz, porque pude perceber o quanto passo ao meu filho querido as minhas coisas e o quanto posso influenciá-lo positivamente em sua estrada.

Tentei dar-lhe desde o parto, o melhor de mim. Mesmo que não fosse o caminho mais fácil. No fundo, eu comecei a me preparar para a maternidade ainda muito menina.

Gosto de rock porque rock é intensidade, é vida, é sedutor, é apaixonante.

Tenho orgulho do Kakau ser tão avesso a tudo de errado como eu e de saber que não é só externamente que ele tem tanto de mim. Meu maior legado é a paixão. E não apenas pela musica... Mas também pelos ideais, pelo comportamento, pelo jeito de ver e viver a vida.

Me comove enxergar cada dia mais e mais coisas em comum.

Ter filhos é viver de novo. Mas desta vez como coadjuvante. Desta vez, podendo consertar o destino e dignificar a vida da pessoa que mais amamos no mundo.

Nunca esquecerei que este rapazinho foi a primeira pessoa que me ensinou, de verdade, a ser alguém melhor a cada dia. E que sempre posso ser mais.

Meu totoquinho... Escutando Bom Jovi...
Que orgulho!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ser Coerente ou Conveniente, Eis a Questão

De vez em sempre, surge a questão: “Como você faz com seus filhos se quiserem carne” ou “Você proíbe seus filhos de comerem carne?”
E agora vou responder oficialmente a estas questões.

Quando estamos imersos numa cultura, numa sociedade ou num meio funcionamos como um peixe que não consegue ver a água, já dizia Marsden Wagner. Não podemos criticar o que é normal demais e quem consegue, julgamos como radical e desertor, desvalorizando a pessoa para desconsiderar seu ideal.
“Aquele gayzinho do meu chefe não tem moral para me dizer como devo agir com o cliente”
“Apanha do marido e quer ensinar a educar filho dos outros...”
“Comeu carne a vida toda e agora quer ser vegetariana!”
E assim destruímos a moral para destruir a pessoa. Jogo baixo e sujo.

Meus filhos não comem animais, porque eu e meu marido sabemos e passamos a eles o valor da vida. Não há justificativa plausível em nosso cotidiano para nos alimentar da morte. Não passamos fome, não precisamos caçar, conhecemos todo o processo e somos conscientes. Isso deveria bastar.

Não há como educar filhos sem passar a eles nossos valores. Um evangélico não leva seu filho ao centro espírita só para que ele experimente outras crenças e vice versa. Não há como ensinar aos filhos o que consideramos antiético, cruel e irracional.

Nosso motivo é mais nobre ainda, pois não é somente a formação do caráter – que por si só já é muito importante -, mas também não queremos matar. Mesmo que socialmente isto seja perfeitamente aceito.

Nossos filhos não são proibidos de comer carne nem de nada. Nossos filhos são conscientizados. Nossos filhos têm conhecimento e ideais. Não é porque são diferentes que são menos importantes.

Sabendo – de preferência vendo - de onde vem a carne, dificilmente uma pessoa continua comendo. Eles querem saber, eles querem enxergar, então não se alimentar de animais mortos não é um desafio para eles.

Fazê-los comerem é que é uma grande violação, uma falta de respeito e de ética aquele que está criança, mas muitas vezes é um espírito muito mais evoluído e maduro que o nosso.

Aqui em casa não há mentira e não há excessos. Eles, à sua maturidade, sabem ou saberão o que significa cada um de seus atos, as conseqüências de seus comportamentos e como fazer um mundo melhor, começando a revolução a partir de si mesmos.

O que vejo é que as crianças “normais” é que são privadas da coisa mais sagrada: a verdade. Não sabem de onde vem o bifinho para não se chocarem, não sabem de onde nasceram para não pensarem em sexo, não escutam o “não” para não termos que explicar, não amam porque ninguém lhes ensinou o que é, de verdade, o amor.

Na nossa família, existe pedido de desculpa, existe porquê, existe saber esperar, existe o “dormir juntadinho”, existe as coisas como elas são e como elas devem ser.
Erramos e acertamos, mas existe muito amor.
E acertamos mais do que erramos...

Deixar de comer carne, não é o maior desafio.
O grande lance é conseguir enxergar uma realidade que quase ninguém quer para não abrir mão de um prazer... Ou de uma teimosia.

Se importar tanto com o que a maioria esmagadora das pessoas acha supérfluo tem um preço. Mas para mim, comer animais não é mais uma opção.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Amor Não Divide: Multiplica

Até engravidar pela segunda vez, eu tinha medo de não amar meu segundo filho como o primeiro. Afinal de contas, o Klauss havia passado comigo os momentos mais difíceis da minha vida, me ensinou a ser mãe, foi meu amigo, me fez sentir pela primeira vez o amor de verdade.

Não via como outra pessoa pudesse fazer tanto por mim, modificar tanto a minha vida quanto meu primeiro e, por tanto tempo, único filho.

Ainda assim, eu queria muito sentir novamente uma pessoinha mexendo dentro de mim. Queria e precisava não depositar todo meu amor e expectativa em uma única pessoa, o Klauss... Porque isso também lhe faria mal.

Então deixamos a Gaia vir. Não planejamos nem não planejamos. Nem evitamos nem deixamos de evitar completamente. E numa tarde de outono, numa cachoeira, descobrimos que ela, ainda tão minúscula, já morava em mim.

A gravidez foi bem diferente. Eu me sentia muito bonita e saudável e sabíamos que era uma menina, mesmo sem precisar saber.

O amor nasceu de maneira longa, lenta e natural, sem sofrimento. O Klauss me deu a maternidade e Aglaia me deu a feminilidade.
Nele, eu vejo meu melhor amigo, nela eu vejo a mim mesma.

Aprendi com meus filhos que não existe uma coisa mais importante que outra. Nem amor maior. Desde que minha menina nasceu, passei a amar mais ainda meu menino. E amei ainda mais o mundo por causa desse amor por eles.

Hoje compreendo melhor muitas coisas. Cresci milhões de anos luz nesses 8 anos em que sou mãe, mas a cada instante que passa aprendo mais.

Gosto de me sentir amada, mas pela primeira vez na vida, tenho prazer em simplesmente amar.

De fato, o que o Klauss fez em minha vida foi único. Mas eu ainda tinha muitas coisas para aprender e a Aglaia veio dar o que faltava e fez isso de maneira brilhante.

Talvez ainda esteja faltando alguém nas nossas vidas e, se estiver, descobrirei outras lições e sentimentos que ainda sequer sei o nome. Só que o principal aprendizado que a Aglaia me deixou me fera desta vez, mesmo antes de saber quem é este alguém, que o amor não se divide, mas se multiplica para que todos possam compartilhar o verdadeiro sentido da vida.

sábado, 17 de abril de 2010

Uso da Segurança para Crianças


Usar cinto de segurança em crianças, às vezes é um desafio. Nossas mães sempre andaram com a gente no colo, no banco da frente e aqui estamos vivos, sãos e salvos.

Que sorte!

Hoje em dia existem muito mais carros, rodovias que proporcionam alta velocidades e muito mais gente bêbada e sem noção no controle de um volante por aí.

Não podemos contar apenas com nossa capacidade de direção, com nossa sobriedade ao volante e com nossa conscientização às regras para estarmos seguros.

Viver, por si só, já é muito arriscado.

Sabemos que, além de tudo isso, as crianças podem ser terríveis na hora de irem para a cadeirinha ou de colocarem o cinto. Às vezes a nossa pressa vai de encontro ao mau humor do filho (ou sobrinho, ou priminho...) e abrimos mão de sua segurança em troca de uns minutos, ou horas!, de sossego.
Mas a última coisa que queremos é que aquela tenha sido a última pirraça de sua vida.

O ideal é conseguir convencer a criança ou ter tempo para paradas regulares em grandes viagens ou ir atrás com elas se necessário. Mas caso nada disso seja possível, é menos pior escutar choro e gritos contínuos do que o silêncio permanente e mortal.

Então, não abra mão do cinto de segurança. Porque seu filho é a única pessoa por quem você realmente abriria mão de qualquer coisa na vida.

Não permita que sua vida feliz se torne um mar de arrependimento e loucura.
Viver com culpa, não é viver.

Você conseguiria se olhar no espelho se o pior acontecesse à pessoa que mais ama no mundo por sua responsabilidade?

Então use a sua primeira e única chance para fazer sempre o certo.
Porque o resto da vida é tempo demais para passar se arrependendo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cama Compartilhada


Mesmo antes de conhecer esta “terminologia”, aqui no meu microcosmos, minha pequena família já tinha esta prática tão genuinamente mamífera.

Os mamíferos têm sangue e coração quentes, independente do extremo frio. Ursídeos ou roedores não importa. Eles têm um comportamento claramente diferenciado de qualquer outro grupo de animais.
Por favor, não somos peixes que nascem independentes e desvinculados dos genitores...

Com essa de não precisar gestar/ parir/ amamentar/ educar para ser mãe (ou seja, parece que qualquer esmola basta), esquecemos de uma coisa sagrada: por mais deuses que sejamos, somos, antes de tudo, mamíferos.

Nada pode mudar isso. E toda vez que passamos por cima de qualquer instinto mamífero, brota no peito e na alma uma ferida que dificilmente se cura em apenas uma vida.

Dormir junto com os filhos é tão bom quanto dormir com os pais, lembra-se?

Desde pequenos, sentimos um grande prazer em dormir no meio dos pais, encolhidinhos, em segurança e em perfeita paz.

Que atire a primeira pedra aquele que não surgiu com um travesseiro e cara de medo no meio da noite, pedindo carente para deitar no cantinho deles.

Por conveniência/ egoísmo/ vaidade de uns ou por uma teoria mal explicada sobre psicologia barata - que retrata nada mais do que traumas próprios de infância não resolvidos – de outros, passamos a adotar práticas irracionais, fugindo completamente ao nosso instinto e ao nosso coração. Nos separamos das crias, desde o nascimento para que aprendam desde tão filhotes a sermos independentes.

Além do próprio indivíduo que quer espaço, quem precisa de berço?

Mas em parte alguma do universo, um bebê tem qualquer condição de se virar sozinho num quarto escuro. Mesmo cheio de bichinhos, móveis modernos e parede combinando. Começar imediatamente seu processo de independência forçado é incompatível com sua vida. E a partir daí nasce a idéia de que a vida não lhe será nada fácil, nada de abundância e nada de alicerce, nada de plenitude.

Um filhote humano só deixará de ser mínima e biologicamente dependente, após os 3 anos pra começo de conversa. Isto não depende do que você queira acreditar. Faz parte da famosa verdade universal que não precisa que ninguém acredite nela para ser.
Esta pseudo sabedoria capitalista não leva a nada.

Qualquer tentativa de desvínculo antes disso, terminará em trauma e frustração que permanecerão fincados naquele ser humano, limitando-o e tendendo-o a reproduzir aquele comportamento. Mesmo que ilógico, mesmo que absurdo.

Dormir com os filhos toda noite é gostoso, é racional, é humano, é espiritual, é natural e é mamífero.

Não. Eles não vão ficar perturbados mentalmente. Não serão grudados com você mais do que o saudável. Não se tornarão dependentes químicos por causa disso - ao contrário. Não terão mais problemas emocionais que os outros. Mas sim, serão íntimos, próximos, amigos.

Dormir com as crianças não é só dormir com as crianças. Assim como parir não é somente parir e como amamentar não é somente amamentar. Todas essas coisas trazem uma experiência incrível e um crescimento espiritual imensurável... Inatingível de outra forma.

Cada um que faça como lhe parece mais racional, mas que pense também na alegria das crianças...

Outras vivências trarão outras emoções. Mas qual é o grande lance de ser mãe se não for para mergulhar de cabeça e sentir cada peculiaridade da maternidade profundamente? Ser mãe pela metade, não vale a pena.

Seja inteira. Não se defenda.
Isto só incomoda quem pode ser melhor.
E sempre está em tempo.

Lembre-se de que você também foi uma criança indefesa e doida pra dormir com seus pais... Um dia.
Não se prive disso.
Não repita o erro cometido, sem querer, com você.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Gratidão


Eu poderia falar das milhares de coisas que abri mão, desde o dia em que soube que o Klauss morava dentro de mim. A carreira de pesquisadora que foi pro beleléu; as viagens internacionais, Grécia, Roma, toda Europa; as pessoas que não conheci, os livros que não li, as paixões que não vivenciei.

Foram tantas e tantas coisas grandes e ínfimos detalhes que a maternidade me furtou... E não dá para citar um a um. Eu já nem sei mais quantas trocas de sentimentos fiz para atender à minha maternidade.

E ainda hoje, tenho privações que não teria se não fosse mãe ou se pelo menos não tivesse tido filho tão cedo, recém formada, recém casada e aos 23 anos de idade.

Ainda não posso sair sempre que quero, assistir os filmes que gostaria e sempre sou interrompida quando consigo trazê-los pra casa. Não posso freqüentar a minha sonhada academia e não só engordei pra caramba nas gestações, como não posso me exercitar como eu preciso, o que me deixa muito angustiada.

Não posso namorar meu marido tanto quanto gostaria, porque teriam que envolver outras pessoas num cuidado que acredito ser nosso e também porque não quero incomodar.

Enfim, abri mão de uma vida para ser mãe.
Mas o que ganhei em troca foi muito mais profundo do que jamais poderia imaginar.

Concordo que talvez eu tenha sido mãe cedo demais. Porém agora vejo que até isso foi milimetricamente calculado pelo universo para que eu me tornasse quem sou.

Gerar um ser humano, alimentar, educar e amar esta pessoa que pode ser um presidente – ou um marginal – é de uma relevância sem igual. Criar esse espírito que tem o livre arbítrio para fazer toda a diferença e até mudar o mundo para muito melhor, não pode ser uma missão de segunda categoria.

Mas o melhor de tudo é o que fazemos para nós mesmas quando abrimos mão de uma vida independente para ter uma vida livre através do amor.

Os filhos trazem muito mais do que a maternidade, noites em claro e preocupação, quando permitimos. Os filhos trazem humanidade pros pais. Me sinto muito mais humana, viva, sábia, forte, profunda e até mais bonita.

Então o que perdi é infinitamente menor do que ganhei. Minha vida não é como sonhei, mas não tenho do que me queixar. Ainda me sinto tão menina... E sempre sentirei.

As vezes parece que fui tirada da adolescência direto pra cá e me pergunto se tenho competência, inteligência e merecimento para ser mãe desses dois presentes, esses dois espíritos tão alegres e maduros que surgiram em minha vida.

No fundo, de alguma forma sei que foram eles que me escolheram por algum bom motivo e isso me dá a segurança que preciso para saber que sou sim good enough.

Nada que eu tenha deixado para trás poderia ter sido mais emocionante e intenso do que receber - suada e extasiada - um filho nos braços. Nada que eu possa fazer, pagará todo amadurecimento e a experiência de amor que tive.

Não sinto apego, mas um desejo muito grande de ser sempre a melhor amiga deles.
Quero ser o que não tive e o que nunca fui.

Este texto foi para dizer que toda vez que abrimos mão de algo, imediatamente outro caminho é colocado em nossa frente e este é sempre melhor do que o que escolhemos. Mesmo que não pareça.
Escrevi isto para dizer que não entendo mães que se arrependem de terem tido filhos, apesar de respeitá-las, porque ser mãe me trouxe uma imensa satisfação e até mesmo uma melhor relação com o mundo.

Hoje quero este mundo melhor porque eles o fazem valer a pena. Desejo ser melhor para atender suas expectativas e ter condições de conduzi-los bem. Preciso fazer a vida perfeita para que eles esperem sempre o belo e o certo.

Me sinto uma devedora daquelas duas coisinhas tão pequenas e tão grandes. Estou conformada de que nada que faça será o suficiente para quitar esta dívida moral que tenho com eles.

E a isto costumo dar um nome. Dar o nome do sentimento mais bonito e nobre: gratidão.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Amiga

Um dia há 20 anos, minha mãe disse que, quando era criança, sonhava ter uma filha que fosse sua amiga e eu não estava sendo, pois não contava minha vida a ela.

Eu não contava porque não podia contar. Eu não contava porque ela não era a amiga que desejava que eu fosse.

O tempo todo julgava, condenava e executava suas punições. Não me explicou “Porquê não”, mentiu, me fez sentir mal. Descobri nos livros, nos professores, na vida e comigo mesma as coisas que hoje sei que toda menina deve saber.

Não fez por mal. Tinha uma vida miserável em todos os sentidos. Um casamento mal sucedido, 2 filhos biológicos pentelhos, 1 adotivo, trabalhando em jornada dupla, tripla, quadrupla para nos sustentar. Ainda lembro das marcas que as sacolas pesadas deixavam em seus braços.

Tudo para que eu tivesse uma vida menos miserável que a dela.
E conseguiu.

Mas enfim, ela não tinha condições emocionais, mentais e físicas de ser minha amiga e também não era justo cobrar isso de nós.

Desde que minha mãe levantou essa questão eu fiz uma promessa: a de que eu realmente faria por onde para ser amiga da minha filha.

A Gaia ainda é muito pequena, mas não perco a oportunidade de chamá-la e de ser sua amiga.

Através dela, vejo minha infância, minha vida, vejo a mim mesma... De fora. Sua alegria, sua insistência, sua doçura e até seus defeitos são uma grata réplica de mim.

Estou conseguindo ser a amiga da minha filha que não pude ser para a minha mãe. A amiga que eu sonhei ser e ter.

Eu lhe dei o meu melhor, mesmo sendo tão imperfeita. Quero andar ao seu lado, que tenha orgulho de mim, que conte comigo, que saiba quem sou e se veja nos meus olhos.

Seremos as maiores amigas que mãe e filha jamais foram. Por promessa, por ser o certo e principalmente por amor.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Por que Acontecem Coisas Ruins?

As mamíferas selvagens e radicais como nós, sempre acabam falando somente das coisas boas que a maternidade traz ou da dor que é ver um filho doente. Como se não houvesse outro problema, pirraça, hesitação ou desequilíbrio. Como se pintássemos um mundo cor de rosa que ninguém acredita que existe.

Existe um mundo cor de rosa, mas é claro que, em alguns momentos, há problemas no paraíso. E até mesmo esses acidentes de percurso têm sua importância no caminho de aprendizado de mãe e de filho. Até porque é a primeira vez que sou mãe e eles, filhos. Não sabemos tudo sobre nossa relação.

Estamos todos aprendemos.
A regra para que isso não se torne um caos é: se errar, tem que reconhecer, tem que pedir desculpas. Isso vale em todas as direções. Do Klauss para mim, do papai para a Aglaia, da Aglaia para o Klauss, de mim para o papai. Todos erramos e todos temos que consertar.

Uma outra coisa importante é toda vez que dizemos “Não”, deve existir uma razão explicada logo a seguir. Quando crianças, eu e o meu marido escutamos muito “Não porque não!”, o que é deprimente, ditador e emburrecedor. Desta forma, eles SEMPRE compreendem e, com o tempo, obedecem. Só é justo pedir uma coisa a eles, se souberem o motivo. Não estamos lidando com animais. E até eles aqui, neste sentido são respeitados. Imagine se não respeitaremos nossos filhos.

Não colorimos a realidade. Não florimos a verdade para obrigá-los a fazerem coisas ruins. Por isso, ao seu tempo, sabem que o bife no prato é um animal, que nasceram por onde nasceram sem grilos, as transformações pélas quais o planeta está passando, que na escola existem babacas como em qualquer outro lugar.
Mas as coisas boas superam de longe as coisas ruins.

E é por isso que falo mais delas. É por causa desses dois filhos, com todas as mazelas de ser mãe deles que desejo ser mãe novamente. É por eles que faço planos irrelatáveis aqui. É por eles, que não me ocorre voltar atrás e ter outra vida!

Me arrependo de muitas coisas. Mas de ser mãe, nem um segundo da minha vida.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Padecer no Paraíso

Conservadorismos aparte, a maternidade pode ser a felicidade no paraíso, a luz no fim do túnel, ao invés de sofrimento.

As mães talvez sempre tenham suas tristezas. Independente de darem seu melhor. Umas por trabalharem fora, outras por se dedicarem exclusivamente à maternidade e há ainda aquelas que acreditam que a maternidade freou suas vidas e lhes trouxe um destino cheio de limitações, privações e gastos.

É fácil compreender este conceito capitalista, principalmente durante a adolescência espiritual feminina.
O fato é que não precisamos deixar de viver para ter filhos e nem deixar os filhos para viver.

Partos longos, sofridos, amamentações dilacerantes, gravidezes doentias, casamentos conturbados podem ser legais de se contar, infelizmente. Assuntos ruins sugam atenção, ao passo que boas noticias são desvalorizadas.

Quando uma mãe tem seu parto sossegada, amamenta sem dor, é feliz profissionalmente e no casamento, pode até atrair inveja, mas prender atenção com esses assuntos jamais.

E isso é contraditório, porque se desejamos ser felizes, deveríamos copiar ou reinventar o modelo de felicidade, não se deixar atrair pelas coisas ruins da vida dos outros.

Isso também vale para a educação das crianças. Parece que mãe boa é aquela que sofre. Sofre por tudo, até pelo que não aconteceu. Que se antecipa ao perigo remoto, que segue os preconceitos da imperfeição da saúde da criança, que se excede em tecnologia sem prever as conseqüências, que se apóia no termômetro social para saber o que é certo e errado e que reproduz comportamentos irresponsáveis como bater no filho.

“Dói mais em mim do que em você...”
MENTIRA.

Ser mãe pode até ter sido um dia “padecer no paraíso”, mas pode também ser a felicidade mais inesperada e profunda que podemos ter. Pode ser “Se divertir no paraíso” ou “Morar permanentemente no paraíso”.
Depende do que estamos dispostos a ser.

No percurso, problemas podem acontecer. Nem todos os dias serão cor de rosa. Às vezes, a disciplina vai ser necessária e dizer não, é inevitável. Mas tudo depende de como colocamos em prática nossas teorias. Dizer “não” acompanhando de um porquê, deixar viver sem sufocar, deixar errar se esta for a única maneira de aprendizado.

Para quem opta por este caminho, a maternidade pelo menos trará um baita amadurecimento, uma vontade de viver, de lutar de ser uma pessoa melhor. Mas em alguns casos, ela trará ainda mais: felicidade plena, amor ao mundo, respeito a todas as coisas e o trabalho pelo mundo perfeito.

Klauss e Aglaia, vocês são os meus guias, meus parceiros num trabalho difícil e longo no caminho para o paraíso. Mas sem padecimento.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Por que não ceder


Já me conformei e não ligo mais para o fato de ser rotulada, às vezes xingada, de radical pela massa.
Simplesmente não é racional seguir a boiada irreflexiva que endeusa alguns e esquarteja outros que vão contra ao que é tradicional. Mesmo que seja uma maneira bem coerente de levar a vida.

Compreendo que, se desfazer do que se sabe, mesmo que construído através de medo mito e propaganda, seja um desafio que a grande maioria não quer pagar o preço e viver. Dá trabalho ser dependente, racional e não rumar para o confortável o fluxo do rio.

Pensar dá trabalho. Amar respeitosamente, se informar, aprender, ter atenção permanente dão muito, muito trabalho. Mas eu me disponho ter este trabalho. Não consigo ver como ser guiado por alguém possa ser melhor do que nossos próprios sentimentos, do que nossos conhecimentos e do que nossos instintos hipertrofiados de mãe que quer sempre o MELHOR para os filhos...

Não espero dentro desta sociedade algum reconhecimento. Meu mérito é estar criando filhos saudáveis, conscientes e preparados para enfrentar o mundo. E esta não é uma qualidade admirável, porque o diferente sempre assusta.

Ceder à razão é uma virtude. E não há vergonha em mudar de opinião, em amadurecer. Mas ceder à pressão é sinal de imaturidade e desconhecimento.

Há 5 anos, meu filho quase morreu por eu ter dado dipirona gotas para febre, com prescrição médica.
Na ocasião, a médica plantonista não perguntou se ele já havia tomado e, como todo mundo toma novalgina, eu dei ao meu bebê, na época com 2 anos e 2 meses.

Dias depois, ele continuava a piorar e levei a um pronto socorro de outra cidade para algum outro deus ver - no dia anterior, uma medica o examinou e diagnosticou a alergia, passando um antialérgico, sem resultado. Então contei novamente toda a história a outra médica que simplesmente ignorou o fato de eu dizer que meu filho era alérgico a dipirona e prescreveu dipirona intravenosa ao meu filho que não podia nem com gotas...

Percebemos antes que a enfermagem administrasse e arbitrariamente pedi a uma outra (a 4ª pediatra a essas alturas) que interviesse e ela suspendeu a medicação. Mas meu filho acabou tendo que ficar lá mais 2 dias. Realmente tecnologia usada de maneira equivocada, se resolve com tecnologia usada de maneira correta.

Refleti muito e entendi aquela situação desesperadora como um sinal. Daí em diante, não poderia simplesmente fazer o que todo mundo faz, porque quase ninguém pensa sobre essas coisas.

As coisas nunca são tão simples quanto parecem.
E se algum mal acontecer às minhas crianças, sou eu que vou me culpar por ter ido pela cabeça dos outros.

Então quando tenho meus dois pés atrás com alopatia, não é algo com que cismei, não é uma implicância gratuita. Eu fico perplexa em ver como ela se tornou banal e tenho medo de ser obrigada a praticar algo em que não acredito.
E não acredito porque estou atenta ao que a vida, a ciência que emerge, a natureza e a coerência estão me ensinando.

Não posso aconselhar ninguém a ser como sou, a apostar na natureza e na perfeição quase ao extremo, porque não sei o limite e a crença de cada um. Sei respeitar isso, até porque estou em minoria, mas a experiência não me permite mais ignorar.

Na vida, não existem garantias e o fato de nos apoiarmos na tecnologia – mesmo sem necessidade -, não nos trás essa garantia que tanto almejamos, mas sim um conforto, uma desculpabilização.

Ao invés de nos apoiarmos completamente no conhecimento de outros, deveríamos usar este conhecimento para nos orientar, não para dominar nossa vida, como se fosse uma religião.

É solitário, é demorado, às vezes sufocante. Em alguns momentos, fraquejamos. Mas depois que passa toda a angústia, posso dizer: não só curei, como também não fiz mal nenhum ao corpo perfeito do meu filho.

Me chame de estrangeira – essa é a mais recente!-, por eu fazer e pensar diferente, falem o que quiserem na frente ou pelas costas. É a saúde e a harmonia deles que me importa.

Cederei sempre que for necessário como já fiz e faço. Mas e você que não pensa assim? Está disposto a desconstruir o que sabe e ceder?

Liberdade é pensar por si.

“Enquanto todos praguejavam contra o frio, eu fiz a cama na varanda”.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Juramento da Mãe Mamífera Sapiens


Meu filho,

Prometo, desde o primeiro instante em que tiver a consciência de que vive dentro de mim, que será respeitado e logo profundamente amado.

Que terei a vida saudável que sempre quis ter durante a gravidez e depois para ser um bom exemplo para ti.

Que me informarei sobre tudo o que tenha a ver contigo para que a lógica me leve ao melhor cuidado para você.

Que vou te parir da maneira mais respeitosa, natural e em paz que eu puder. Por nós dois.

Que sonho em te amamentar e farei tudo o que puder para isto. Se doer, que encontremos juntos a melhor posição, o melhor jeito e que, mesmo que demore, vamos encontrar a melhor solução em tudo na vida.

Que contarei historias, brincarei contigo, reaprenderei a lição de casa ao teu lado, que me verei criança através dos seus olhos.

Que vou deixá-lo dormir comigo enquanto for seguro pra você e quando se arrepender de ser grande, poderá vir pra minha cama dormir agarradinho.

Que respeitarei seus processos fisiológicos mais angustiantes de mãos dadas e que não cederei a opiniões alheias só para me resguardar.

Que respeitarei seu tempo, sempre mostrando meu ponto de vista sem agredir seus ideais natos, te apoiando e estimulando para que seja o que é, com ética, coragem e sabedoria.

Que você será melhor do que fui e te ajudarei em cada passo.

Que meu amor é perfeito, mas se algum dia invadir seu espaço, me recolherei aos dois papéis que melhor seu fazer ser eu mesma e ser simplesmente sua mãe, sem cobranças.

Que vou velar teu sono e jamais saberás disso.

Que daria minha vida pela tua hesitar e que, ainda sim, minha dívida seria grande

Que mesmo que o mundo caia, lhe seria grata por tudo que me tornei por ti.

E que se eu não estiver contigo em corpo, eternamente estarei em pensamento e em espírito, porque eu desejei a sua vinda e porque você sempre será aquele bebê que saiu do meu útero para os meus braços.

Que me fez mulher.

De tudo, se eu ainda errar, peço humildemente que perdoe e que me ensine a ser uma pessoa melhor.
Porque, por você, eu posso.
Eu juro.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Febre


Ver um filho com febre não é nada fácil. O coração fica apertadinho, aquela alegria habitual simplesmente se desfaz. Dá saudade até da mau criação.

Sabendo as coisas que sei, a doença num filho se torna uma questão muito complicada.

Eu poderia simplesmente dar remédios alopáticos, fingindo que ignoro todos os efeitos colaterais, me resguardando assim socialmente de uma culpa, caso aconteça algo.

Ou eu posso investir no carinho, na homeopatia séria, no banho morno e na confiança de que o corpo deles é perfeito e que dificilmente precisarão da alopatia pesada para ficarem bem.

As duas escolhas têm seu preço.

Na primeira, a recuperação é verdadeira, mas é lenta e emocionalmente dispendiosa.
Na segunda, a melhora é rápida, mas também agressiva e não sabemos se a existiu cura ou somente uma melhora dos sintomas.

Uma amiga homeopata diz que a febre são nossos soldados em luta e dar antitérmicos, sem real necessidade, é o mesmo que estar em guerra e prender os próprios soldados na masmorra... Enquanto a guerra acontece.

Dentro dessa filosofia de vida e de cuidado, não existe espaço para um remédio, antes de tentar as alternativas naturais, que deram certo por toda história da humanidade.

Os efeitos colaterais dos alopáticos são tão graves que, se lermos a bula, não usaríamos. Então preferimos não lê-la! Que solução inteligente, não? Se não sabemos o mal que faz, então não faz mal! Simples assim.

Não. Faço questão de saber o que estou dando às crianças. Preciso da certeza de que estou lhes fazendo bem, ou pelo menos, mais bem do que mal.
(Beneficência e não-maleficência)

Não posso por pressão fazer o que acredito fazer mal a eles. Dou a melhor educação, a melhor visão de mundo, a melhor alimentação e também o melhor cuidado com a saúde que posso dar.

Me sentiria muito culpada sim, se um remédio que eu dei, e que eles tomaram por confiarem em mim, lhes prejudicasse.

Não é porque o mundo inteiro não quer ler bula nem raciocinar (“deixe o raciocínio para o médico”) que temos que fazer igual. Aliás, sempre suspeite do caminho que segue a maioria. Mas o preço por ser diferente - mesmo que o diferente seja o certo, isso não importa – é sempre alto demais e um atentado á boiada.

O profissional deve ser escolhido de acordo com nossos ideais e crenças. Não somos nós, as pessoas que mais queremos bem da criança, que devemos nos moldar a opinião quase pessoal de um ou outro profissional.

E é por este motivo que se tornou imprescindível nós, mães, nos informarmos sobre tudo. Jamais deveríamos parar de conhecer, de questionar, de crescer como pais para que nos sintamos realmente seguros que estamos fazendo o melhor, dentro do que realmente faz sentido.
Para ler mais sobre...
http://www.weleda.com.br/periodicos/junho05/pag4.asp
http://www.weleda.com.br/periodicos/junho05/pag5.asp
http://www.weleda.com.br/periodicos/junho05/pag6.asp

E Gaia, melhora logo vai...
Mamãe vai deixar você fazer bagunça em paz, juro...