sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Educar cidadãos

Desde que engravidei pela primeira vez em 2001, tenho refletido mais sobre tudo.
Eu tinha algumas opções a fazer quando me tornei mãe: fazer como a maioria, criar, alimentar e mimar filhos ou disciplinar, de uma forma bem além do usual.

Eu poderia não criticar tanto a TV aberta e tentar acreditar que qualquer desenho é coisa de criança". Ou poderia fartá-los de sacaroses inocentadas por nomes lights "balinhas", "docinhos de crianças, ignorando as doenças que este vício traz. Poderia também batizá-los, mesmo não sendo católica para agradar a família, afinal, mal nenhum faria... Por que não multilar a orelha de minha filha para colocar os brincos que a sociedade inventou? Talvez eu até devesse protegê-los de seus próprios erros, deixando pra lá quando machucassem outras pessoas. Eu e meu marido poderíamos fazer como a maioria dos pais e esperar para ver que adulto eles se transformariam, sem fazer qualquer intervenção positiva sobre isso.

Mas prefiro não ter surpresa e saber que fiz o meu melhor para ter filhos adultos carinhosos e integros.


Se fizéssemos assim, seríamos melhor aceitos, não provocaríamos nenhum acomodado, evitaríamos comentários e até mesmo evitaríamos nossos fans. rs

Mas eu topei o desafio de gerar e educar cidadãos.
Não posso simplesmente relaxar e esquecer os compromissos que assumimos ao vir a este planeta.
Esta não é hora do recreio.

Não educo espertalhões que se dão bem nas costas de outros.
Não crio pessoas para usarem o sexo sem o devido respeito.
Não posso aceitar que concebi e pari pessoas comuns sem a disposição que nosso trabalho exige.
Eles não vão aceitar as coisas como elas são.

Tenho a certeza de que eles são amigos muito queridos que me dão a oportunidade diária de amar... e aprender todas as coisas que o amor incondicional traz...
Sei que vieram para mim para que tivessem uma base diferente e especial para um dia poderem andar sóbrios por suas próprias pernas.

Nosso lar é um ambiente de muito amor, amizade, confiança e aprendizado. Mas é antes de tudo a reunião de almas afins que têm e usarão a oportunidade de trabalharem para construirem um mundo melhor.

Dá um trabalho danado. Há solidão, há imcompreensão, há pressão e há ridicularização.
Mas juntos, temos o apoio para continuarmos firmes nos prpósitos e perseverar. Somos as mãos estendidas uns dos outros nesta vida.

2 comentários:

Pati Merlin disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Eu fico encantada com as suas palavras! Aos poucos (no tempo que tenho) eu leio, releio e até copio suas frases. Por aqui eu aprendo a me compreender, a saber o que quero! Aqui me sinto bem! Sinto meu grupo, a amizade e o amor!
Parabéns eternamente!
Uma abraço apertado!
Fran