sábado, 5 de dezembro de 2009
Uma Boa Hora
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Crianças Enoooooormes!

Há algum tempo, em algum lugar no espaço, dizia-se que crianças bonitas eram as gordinhas, bochechudas, “criadas a Toddy”. Apesar disso ter deixado de ser exigido a qualquer preço – leite de vaca por exemplo – como antigamente, ainda esperamos que nossos filhos tenham pelo menos um pouco de gordura a mais – como reserva – pro caso de adoecer e emagrecer....
Pensamento pessimista “já que tem que adoecer...” Ops
Mas o que está na última moda mesmo é ser grande, alto, superlativo. Que orgulho é um filho ser o maior da turma!
É claro que as crianças de hoje são maiores do que as de ontem. Também, nunca se comeu tanto hormônio!
“Os fracos usam a força, os fortes, as idéias”.
Alguns pais vão mais longe e orgulham-se até mesmo da agressividade dos filhos. “Aqui, bateu, levou. Meu filho não é otário, não é saco de pancada. Se bater, vai apanhar e se apanhar na rua, apanha de novo em casa pra aprender a se defender”. Grandes lições ensinadas pelos próprios pais...
Insistimos em crer que a personalidade dos filhos é praticamente fruto do acaso ou dética. Jamais produto da negligência e dos inofensivos desenhos matutinos. Os Bem 10 tem mais influência sobre as crianças do que os próprios pais.
Parece que as crianças serão o que a sorte desejar, serão como tiverem que ser e, dar boa comida, escola, brinquedos e uma excelente babá, é tudo que podemos fazer por eles.
O que alimenta o menino não é comida, é carinho. E aí tanto faz ser o maior ou o menor da turma desde que possua a maior saúde e o maior amor.
Podemos sim interferir na construção da personalidade de nossos rebentos. Aliás, devemos influenciar, dentro do possível, positivamente, dando exemplo, nos desculpando, sendo sinceros, instrumentalizando, amparando e incentivando.
Crianças só ligam demasiadamente para brinquedos, quando falta-lhes algo dentro de casa e dentro de si.
Ser baixinho, ser mognonzinho nem qualquer característica física deveriam ser encarados como pejorativo ou com deboche. Esta é o pior detalhe da infância.
O respeito deveria ser natural e intrínseco. Deveria vir de berço. Em detrimento disso, o que vem de berço desafortunadamente são os piores defeitos.
A avaliação de uma criança deveria ser pela saúde, alegria e sabedoria; não pelo dinheiro, status e tamanho.
Pais, tenham orgulho das qualidades internas de seus filhos. Tudo que está fora de nós é passageiro, morre. Mas o que é construído com boa vontade e carinho, é bom, cresce, se alastra e faz feliz tudo ao redor.