domingo, 14 de dezembro de 2008

Ser mãe

Ser mãe é a maior dádiva que uma mulher pode ter.

Aquelas que não desejam serem mães terão outras conquistas, outro tipo de cria.
Mas sinceramente, não consigo ver em outra experiência, maior riqueza de sentimentos e vivências que só a maternidade traz. E só pode dizer o contrário que não é mãe.

Ver essas coisinhas - que vêm pra gente tão pequenas – se desenvolvendo e ganhando o mundo é uma vitória particular. Nenhuma de minhas conquistas me trouxe mais orgulho do que o primeiro passinho de minha filha ou a primeira leitura do meu filho.

E eles são espertos demais. Enquanto estamos ocupados boquiabertos com sua inteligência, eles vão crescendo sorrateiramente. E quando percebemos, já se passaram semanas, meses, anos, décadas desde que, miudinhos, quando mal podiam abrir os olhos mamaram em nossos seios pela primeira vez.

Em nossa sociedade industrial, em série, tudo que toma tempo e romance demais é desprezado, visto como exagero, o que para mim cabe mais como desdém.
Mas não o legal de ser mãe é ser por inteiro.

Não sei de onde tiraram que um bebê, por exemplo, deve dormir em sua própria cama, de preferência em outro quarto. Imaginem bebês de poucos meses que acordam de madrugada, sem ninguém por perto, só escuridão... Até você choraria nessa situação. Um mundo incerto, solitário e preto. A criança não é manhosa, é só.

E outra coisa... Manha... Até de um bebê exige-se etiqueta. Não deve existir nada melhor para um bebê do que receber carinho. Carrinho, bercinho, chiqueirinho nem “inho” nenhum do mundo é melhor do que qualquer carinho – naturalmente colinho.

Nem vou me alongar muito na amamentação ao seio. Mas é necessário falar da amamentação seria, exclusiva. Não digo que seja fácil, mas é possível enquanto formos mamíferos. Vejo famílias que gastam aproximadamente 300,00 por mês com leites e formulas artificiais “infantis”, mas acharam caro pagar 50,00 por uma visita de especialista em amamentação. Assim como vi gastos além dos 5.000,00 com a decoração do quarto ou com cesáreas por opção – simplistas e nada críticas.

Mesmo quando os filhos não são planejados, sua educação deve ser.
Eu e meu marido raciocinamos sobre cada postura que tomaremos diante das crianças. Não hesitamos em pedir desculpas, porque todos erramos. Jamais insistimos no erro só porque somos pais. Aqui não existe “Porque sim!” nem “porque não!”, como foi conosco. Para tudo existe uma explicação coerente. E deixamos claro que também estamos aprendendo. Existe disciplina, molecagem e amizade.

Realmente posso dizer muito orgulhosamente que dentro da família que construí, tenho os melhores amigos da minha vida.

Tudo que há fora dela, é complemento, é passageiro.
A dedicação aos filhos retorna em amor, orgulho, valorização e cuidados deles com a gente. E por serem tão bons filhos, queremos ter outros filhos. A experiência foi ótima!

Seremos eternamente gratos pelo que somos, vivemos e aprendemos com esses nossos dois “totocos”...

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