sexta-feira, 3 de julho de 2009

Arrepender?

Às vezes me pergunto onde estaria se minha vida tivesse tomado outro rumo.
Se eu não tivesse me casado, ter permitido vir a vida através do meu corpo há quase 8 anos, depois me reunido com meu grande amor e gerado pela primeira vez uma mulher, quem então eu seria?

Minhas gravidezes não foram exatamente planejadas, mas também não foram evitadas. Eu não imaginava a dimensão, o significado da maternidade e da vida.

Ser mãe me trouxe muito mais do que o sacrifício que estou habituada a ouvir. Eu abri mão sim de muitas coisas, mas em troca recebi bênçãos jamais alcançadas dentro de minha limitada liberdade de outrora.

Não tenho tempo de fazer várias coisas que sonhei, meios para conhecer os lugares que desejei, viver os romances tórridos aos quais me acostumei. Tive que aprender que minha vida poderia ter sido outra sim, mas o universo me provou que melhor, não.

Realmente não vivo o conto de fadas que idealizei. Ao contrário, vivo estável a realidade de uma alma em crescimento, rumo á sabedoria e a perfeição.

Devo isso a três pessoas, mas em especial ao Klauss e a Aglaia que, com a desculpa de serem meus filhos, me ensinaram a ser mulher, a ver de outra forma, a desejar e construir um mundo melhor.

Hoje tenho orgulho de mim. Me sinto feliz com a vida que tenho e o trabalho que tenho a fazer. Eles transformaram aquele projeto de gente em uma ativista de causas realmente relevantes, em uma mulher que vai até o fim, na mãe que eu gostaria de ter.

Eu ensinei muito a eles, mas não chega nem aos pés do que eles ensinaram a mim.
E tudo o que eu posso fazer é me dedicar e ser grata pelo bem, pela felicidade que me trouxeram e em quem me ajudaram a ser.

Me arrepender de ser mãe? Me arrepender de amar tanto assim?
Por que eu faria uma coisa dessas?!

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